Madrugada. Acordar de um sono profundo
O medo do escuro que invade o quarto
Um quarto sem divisão. Ouve o vento
Vento que entra através das paredes nuas
Feitas de junco, seco ao sol da tarde
Colchão cheio de carapela seca do milho
Silêncio que sussurra aos seus ouvidos
E lhe diz que não existe luz elétrica
.
A seu lado dorme o seu irmão mais novo
Pelo escuro, nota que o dia ainda vem longe
Não ouve o cantar do galo, qual despertador
Que nem sabe onde existe, quiçá se existe
Sobre a mesa, um candeeiro de petróleo
Apagado. Ao lado os seus pais dormem
Numa cama feita de troncos e tábuas
Como a sua. Pobres, honestos, honrados
.
Barraca velha, sem luz, sem quarto de banho
Dentro gente modesta, digna, com caráter,
Homens e mulheres que educam os seus filhos
Que lhes mostram que ser pobre não é desonra
Que lhes ensinam a respeitar os outros seres
Que lhe mostram como amar os animais
Que repartem o pão, a sopa, a dignidade
Que lhes mostram e ensinam a ser GENTE.
O medo do escuro que invade o quarto
Um quarto sem divisão. Ouve o vento
Vento que entra através das paredes nuas
Feitas de junco, seco ao sol da tarde
Colchão cheio de carapela seca do milho
Silêncio que sussurra aos seus ouvidos
E lhe diz que não existe luz elétrica
.
A seu lado dorme o seu irmão mais novo
Pelo escuro, nota que o dia ainda vem longe
Não ouve o cantar do galo, qual despertador
Que nem sabe onde existe, quiçá se existe
Sobre a mesa, um candeeiro de petróleo
Apagado. Ao lado os seus pais dormem
Numa cama feita de troncos e tábuas
Como a sua. Pobres, honestos, honrados
.
Barraca velha, sem luz, sem quarto de banho
Dentro gente modesta, digna, com caráter,
Homens e mulheres que educam os seus filhos
Que lhes mostram que ser pobre não é desonra
Que lhes ensinam a respeitar os outros seres
Que lhe mostram como amar os animais
Que repartem o pão, a sopa, a dignidade
Que lhes mostram e ensinam a ser GENTE.
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NOTA: A minha homenagem a todas as pessoas pobres que vivem, ainda hoje, em situações sub-humanas. Muitas em bairros de lata e não só, a fazer lembrar os pobres que há 50/60 anos viviam no campo, onde se trabalhava como escravo, para os grandes proprietários, os quais, por vezes, pagavam ao fim do dia de Sábado, com um kilo de batatas, quatro ou cinco cenouras, um pão duro, e umas folhas de couve. Com isso, se dava de comer aos filhos . . . A miséria de antigamente - vivia-se no campo em barracas como a foto mostra - parece estar a voltar a acontecer. Já existe fome em muito lar.
TUDO o que relata o POEMA é baseado em fatos reais.
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"" R y k @ r d o ""
.
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Bom dia com alegria
ResponderEliminarboa semana em harmonia
e cores bonitas de Outono, que a pobreza
infelizmente é a riqueza
de alguns... Boa Semana Ricardo.
A pobreza é um flagelo difícil de eliminar neste mundo de injustiça e desequilíbrio.
ResponderEliminarUm poema emocional, Rykardo
Boa Semana
Beijos
Son demasiados, uno ya es mucho. Un problema que está presente desde los orígenes de la humanidad. Abrazos
ResponderEliminarIn the night, we can't see the wind but only feel it -
ResponderEliminaryes problems for the world as always.
A triste realidade de uma grane parte da humanidade.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Bonita homenagem, apesar que seria melhor era nem fazê-la, pois não era uma realidade. Infelizmente não vejo o futuro com bons olhos.
ResponderEliminarBoa semana
Buenos dias, es asi de cierto y de cruel la pobreza de hace varias décadas nos vuelve asolar. Un poema que bien lo refleja . Un abrazo.
ResponderEliminarA pobreza sempre foi um dos grandes inimigos da sociedade. Antigamente, havia muitos mais pobres. Agora, serão menos, mas a pobreza que existe é mais profunda, pois nem pão duro ou uma folha de couve muitas vezes há para repartir.
ResponderEliminarExcelente poema, os meus aplausos.
Boa semana, caro Ricardo.
Um abraço.
Uma bela reflexão! estamos a voltar ao tempo dos nossos pais, mas hoje em dia por causa de criminosos que pretendem manter as "massas" na miséria. Criminosos que nunca pagarão pelos seus crimes neste mundo sujo e injusto. Mas a justiça divina não falha! O Justo Juíz lhes fará frente e eles não terão mais onde se esconder! Abraço
ResponderEliminarMuito linda a leitura da realidade em tua poesia!
ResponderEliminarFalaste tudo! Adorei! Na pobreza e simplicidade podemos ter lições de vida!
Ótima semana, abraços, chica
Uma homenagem tão comovente do passado e da actualidade onde todos temos o dever de ajudar. Eu ajudo directamente até onde os meus braços chegam porque não acredito nas associações e outras, onde há gente honesta e sobretudo desonesta.
ResponderEliminarParabéns Ricardo por este poema.
Beijos e um bom dia
Enhorabuena por tu texto y tu humanidad. Maravilloso relato Ricardo. :D
ResponderEliminarOlá, amigo Ricardo,
ResponderEliminarTriste realidade, aqui bem retratada nestas belas palavras!
Excelente homenagem aos mais desfavorecidos.
Votos de uma feliz semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Uma triste realidade.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Bom dia, Ricardo
ResponderEliminarLindo poema, os pobres tem um coração enorme, gostam muito de servir e abençoar as pessoas, mesmo tempo pouco. Em II Corintios 6:10 diz: "como entristecidos, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo". Um forte abraço.
*mesmo tendo pouco, consertando a frase acima.
ResponderEliminarUma bonita homenagem á dignidade das pessoas que parecendo não ter nada têm tudo o que é necessário para educar os filhos. Um poema cheio de motivos de reflexão.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Una preziosa dedica a tutte quelle persone che si trovano in difficoltà economiche, ma che hanno buon cuore e vanno rispettate. Grazie per questo bel pensiero, Riccardo, buona settimana, silvia
ResponderEliminarRicardo; Este teu poema fez-me recuar ate ao tempo dos meus avós, quando eu passava temporadas por lá...Em que dormia com a minha tia mais nova e, logo de manhã se ouviam as pombas a cantar no telhado porque a casa era sem placa, só com telha. Sim, os colchões eram de palha, cosidos, e de vez em quando abriam para arejar a palha. Tenho tantas lembranças desses tempos, nos meus avós, que davam sei lá quantas páginas, (umas boas e outras menos boas), mas adiante...Eram tempos talvez mais saudáveis embora a pobreza fosse muita. Pobreza, mas com a tal honra e dignidade
ResponderEliminarAcho que ambos temos muitas coisas em comum, muito mais do que imaginamos
Adorei, este poema livre, que está escrito com alma, o que não deixa ninguém indiferente. Que bom este despertar de emoções boas! Aqui está, cada vez mais me convenço que, as pessoas mais humildes e honradas foram aquelas que viveram da forma como a que descreveste.
Outra coisa... hoje, há muita gente pobre (mas pobre de espírito). Outras, lutam e não conseguem porque lhes são cortadas as oportunidades. Anão obstante, a vida está cada vez mais a andar para trás! Não desvalorizando a pobreza que está a crescer!
Tiro-te o meu chapéu a tão magistral e rico poema! [retalhos da vida ]...Parabéns Poeta! 😘
Beijos
Olá amiga poetisa, Cidália Ferreira
EliminarObrigado de coração. Este teu comentário deixou-me comovido. Mais uma vez: OBRIGADO pelo carinho.
Beijinhos ternurentos e...RICOS ... na sua essência de pureza.
Um comentário que enriquece o retrato poético sobre a „gente pobre“ do Ricardo!!
EliminarNo tempo da velha senhora, a igreja católica consolou e escravizou os pobres, com palavras ocas como, por exemplo, que aos pobres pertencia o reino dos céus.
Entretanto, o povo não vai nisso.
Cuidado!!
Nem todos os pobres são honrados.
Nem todos os ricos são desonestos.
Há de tudo como na farmácia.
Teresa, estimada amiga
EliminarClaro que nem todos os pobres são honrados, nem todos os ricos são desonestos. Não há regra sem exceção. Sem dúvida alguma. No tempo da velha senhora os pobres eram uns escravos, não ganhavam para dar uma vida digna aos filhos (onde incluo os meus pais já falecidos, que trabalhavam no campo de sol a sol) e os que reclamavam iam parar com os costados ao Tarrafal e a outras miseráveis prisões afetas ao regime, onde sofriam o que até custa a acreditar. Sei de "estórias" verídicas que nem imaginas. Nem imaginas mesmo.
Nasci e vivi no campo até aos 11/12 anos até vir para a zona de Lisboa, onde fiquei sozinho. E a emoção não me deixa escrever mais nada.
Fica bem
Uma bonita e profunda homenagem em que podemos refletir, o quão difícil é a vida de um pai e mãe ao ver seus filho com fome, e eles não ter um prato de comida para alimentá-los.
ResponderEliminarDeve ser uma situação muito triste!
Que Deus tenha misericórdia de todos.
Boa semana, Ricardo!
Um abraço
Que pena de situación, ningún ser humano debería de pasar por esta miseria, toda persona debe de vivir con dignidad cubriendo todas sus necesidades.Saludos
ResponderEliminarEntretanto, até a classe média não tem pão.
ResponderEliminarO meu respeito e a minha homenagem a essas pessoas juntam-se ao seu belissimo e emocionante poema neste inútil Dia Contra a Pobreza.
ResponderEliminarSaudações cordiais e boa semana
Uma linda homenagem, ao que as pessoas muitas vezes se esquecem.
ResponderEliminarA lealdade às raízes, às nossas raízes.
Gostei
Aplaudindo aqui tão linda homenagem, Ricardo.
ResponderEliminarTenha uma semana abençoada.
Um abraço.
Verena.
Belíssimo poema, emocionante homenagem.
ResponderEliminarRicardo, os seus versos tocaram o meu coração.
Beijo, boa semana.
Bela homenagem. É um tema sobre o qual todos devemos refletir.
ResponderEliminarBoa semana
Pobreza y dignidad coexisten en la humildad de la gente que no tuvo todas a favor en su vida y sin embargo progresó en humanidad... Me encantó el mensaje de su poema homenaje, amigo.
ResponderEliminarAbrazo agradecido.
Tal vez mi comentario blogger lo envíe a su casilla de spam?
ResponderEliminarGostei,mas é a verdade nua e crua,eu desse tempo mas quase, não falta muito,para voltarmos ao mesmo, senão pior
ResponderEliminarOk. Mas hoje até custa a ler. É quase a história do Menino Jesus que quando nasceu foi deitado na manjedoura, há 2022 anos.
ResponderEliminarLenor
EliminarExiste muito ser humano, criança, jovem. adulto, que sem ser o Menino Jesus - muito, muito longe de o ser - , se deitou (e continua a deitar) num colchão de palha, mesmo sem ser numa manjedoura. E não são precisos 50 anos, quanto mais 2022.
Um excelente poema que muito me emocionou porque eu vivi assim até à idade adulta.
ResponderEliminarSei bem o que são noites frias de inverno, com o vento soprando pelas frestas das tábuas que compunham a barraca. Lembro-me de quando o ciclone de 58 levou as telhas do velho barracão e de como nessa noite deitamos numa os três irmãos na mesma cama de colchão de centeio ensopado, sob mantas de trapos que iam encharcando à medida que a chuva intensa caía.
Abraço, saúde e boa semana
Abraço, saúde e boa semana
Duras recordações sem dúvida
EliminarAbraço e uma semana feliz
Uma bonita homenagem para nos fazer pensar de verdade!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Uma realidade que assusta e que está presente mundo a fora. Não é da pobreza que vem a falta de caráter. Ficou muito bela sua homenagem que eu gostaria nunca precisasse ser feita. Infelizmente, uma situação que se agrava a cada dia. Abraço.
ResponderEliminarDuro y bello alegato... duele pero es una realidad.
ResponderEliminarUn abrazo.
Poetizou com realidades muito duras e expressou belezas do seu coração. Há pobres muito ricos em caráter e paz, também existem ricos pobres demais no interior e nas atitudes.
ResponderEliminarBoa semana. Abç
Tristemente, Ricardo, a pobreza ronda, espreita a cada canto e, tantas vezes, encontra brechas por onde entrar... um flagelo a que não estamos imunes nestes tempos de tantos erros e maldades...
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana!
Infelizmente a maioria da fome vive nos países "Comunistas", Olhe para a Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, China. Não é o BE e o PCP que querem Portugal fora da UE e Nato.
ResponderEliminarViveríamos do quê?! Avante Camarada?!
Boa semana
Cierto todo lo que nos dices en poema y el resto de la publicación.
ResponderEliminarYo no desciendo de familias pudientes ya que fueron trabajadores del campo toda la vida y me inculcaron como dices la honradez. Algún vago recuerdo de esos colchones de hojas de maíz tengo, aunque no se de donde las sacarían ya que no se sembraba por entonces en la zona o al menos en tanta cantidad como ahora, se les denominaba "jergones". Mi padre tenía unas pocas ovejas que pastoreaba con las del jefe y a costa de no vender la lana teníamos colchones de lana.
Saludos.
Linda homenagem e que dá muito que pensar!!
ResponderEliminarBoa semana, bjs.
http://www.opecadomoraemcasa.pt/
Muito triste e reflexivo.
ResponderEliminarhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Profundo y fuerte poema. Me gusto tu homenaje. Te mando un beso.
ResponderEliminarTremendo homenaje si señor, esperemos que no se repita la historia aunque hay datos e indicios para desconfiar.
ResponderEliminarFeliz semana.
Saludos Cordiales.
Infelizmente é cada vez mais a realidade dos tempos de hoje.... Os pobres ficam mais pobres, mas os ricos ficam mais ricos.... Cumprimentos
ResponderEliminarA passar por cá para conhecer mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Así es amigo, bello y triste poema de protesta que a día de hoy parece que la humanidad, en vez de avanzar, retroceda a los anales de las penurias y la escasez cuando algunos terratenientes dominaban ciertas partes del mundo pagando con miserias a sus trabajadores. Estas cosas no se pueden ni permitir ni tolerar a día de hoy.
ResponderEliminarUn abrazo Rykardo, por un mundo más humano y fraternal.
Uma bela homenagem a esta triste realidade. Boa semana
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminarLindo e realista poema.
Na simplicidade há
a mesma felicidade que há
nas famílias com mais recursos,
desde que haja amor.
Bjins
CatiahoAlc.
Um poema para refletir sobre a desigualdade social que perneia o teu Portugal e o meu Brasil. Muito bom, poeta. Parabéns.
ResponderEliminarUm abraço
Boa tarde Ricardo,
ResponderEliminarUm poema magnífico que infelizmente trata de um tema cada vez mais atual, quando pensávamos que já eram tempos passados.
Linda e merecida homenagem a tantas pessoas que faz das tripas coração para educar os seus filhos e para lhes dar o sustento.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ailime
Como diz uma música que eu conheço:
ResponderEliminar"Miséria é miséria em qualquer canto."
Por aqui tem muitos vivendo assim,
infelizmente.
Ane :-*
De Outro Mundo
Un verso majestuoso Saludo
ResponderEliminarÉ triste perceber que os tempos de miséria estão de volta. Nem sei que pensar.
ResponderEliminarCumprimentos
A reality that is present around the world.
ResponderEliminarAll the best Jan
Boa noite, Ricardo,
ResponderEliminarQue belo e sensível poema. Ser pobre nunca foi desonra, muitas vezes é prova de caráter e de humildade.
Abraço
Poética vivência social. Muito bom.
ResponderEliminarUm abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Oiii amigo Ricardo,
ResponderEliminarque poema.... para refletir
Tenha uma boa semana
Abraços
Blog Vou Arrasar
Bom dia de sábado, Ricardo!
ResponderEliminarPor aqui no Brasil, a pobreza está se alastrando. Uma tristeza imensa a fome e a miséria.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos
Um poema sentido, profundo e sublime.
ResponderEliminarInfelizmente a pobreza alastra-se cada vez mais por todo o lado.
Beijinhos
Um belo poema que retrata bem o que foi anos atrás e o que por aí vem.
ResponderEliminarDum país mal governado e muita corrupção não se pode esperar muito.
Quem paga é o povo
Beijinhos