Pensamentos Vadios

Olho o céu, uma nuvem passa apressada

Versos que não rimam com coisa alguma

Sinto que a noite vai surgir estrelada

Vejo as ondas surgirem em alva espuma

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Sinto em mim uma sensação exaltada

Que deseja algo que não sabe descrever

Tenho saudades da minha jovem amada

Mulher que vive algures sem eu saber

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Por vezes penso que não penso em nada

Nem sei se no mundo existo por existir

Será que a minha alma anda preocupada

Por eu sentir o que não deveria sentir?

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Queria voltar a ser um livre menino

Que toda a gente soubesse entender

Que fosse o oásis do meu destino

O teu coração que não sei perceber

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Espuma de Amor

Não sei onde começa o sentimento de liberdade

Nem a imagem de amor que busco no teu olhar

Ondulando pelas arestas duma gelada realidade

Vogo na espuma onde entoa a saudade de amar

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De repente o meu coração é infusão submergida

Nas pedras soltas que compõem a linda margem

Onde ondula o pensamento sobejo de uma vida

Sorrisos nativos que se esvaem na fresca aragem

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Palavras em labareda percorrem o meu sentido

Como se o destino fosse uma folha de cerejeira

Que esvoaçasse sem que carregasse o teu ensejo

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Onde meu corpo aceitasse como fruto proibido

E queimasse o meu coração em fogosa fogueira

Quando nossos lábios trocassem um doce beijo

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Coração na magia dos sentidos

Dei-te o coração, a magia dos sentidos

Da minha dura vida, destino traçado

Os meus poemas desnortes sofreram

As armadilhas solitários dos gemidos

Dos versos tristes do delírio cansado

Dos meus olhos lágrimas correram

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Lendo os poemas onde rimas completei

Onde a alma alguns desgostos destilou

E os versos foram o cristal da desilusão

Escrevi palavras que confesso nem sei

Se nas letras a branco, alguma lá ficou

Como sinal do carinho do meu coração

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Campos Floridos ...Morte dos meus Sonhos.

Eram os campos verdejantes. O amor aconteceu

Vivo na recordação. Flores de suave lembrança

Que me afloram à mente com saudoso carinho

Por vezes ainda penso que em tudo não fui eu

Que nada fez parte da minha sedutora infância

Que foram delírios existentes no meu caminho

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Coração puro. Flores silvestres. Manhãs de amor

Tanto que não olvido. Fazem parte da lembrança

Recordo com carinho, pois esquecer não consigo

Quando te olhava e com ternura colhia uma flor

Beijava-te e repleto de consideração e elegância

A colocava em teu cabelo como prémio sentido

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Já mulher, disseste-me baixinho, tranquilamente

Que os nossos campos verdejantes eram incertos

E que não os querias tornar tristes e enfadonhos

Que o teu amor não podia ser meu, infelizmente

E assim pelos desígnios mais límpidos e libertos

Nesses campos morreram todos os meus sonhos

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Amar-te... Simplesmente

Meu amor é como um oceano denso e profundo

Onde as aves se vão banhar por tudo e por nada

É maior que os alicerces que seguram o mundo

Sente a dor do amar por entre a dúvida calada

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Sendo o sol da manhã, hálito quente de ternura

Luz das estrelas, amor e vida, noite iluminada

Entrego-te esta paixão de amor, quase loucura

Doce energia do meu sentir em voz imaculada

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Amo-te para além das variações do amanhecer

Qual alvor sorridente em teus lábios de mulher

Sendo esse teu olhar uma luz de doce requisito

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Quero-te por entre os ósculos d´um amor louco

Em que tudo é nada, e o muito é sempre pouco

Pois sei que vou amar-te para além do infinito

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Mãe... ( Dia da Mãe )

MÃE

Que desdita, querida mãe, aconteceu

A idade avançou. Voz sumida, abafada

Todo o teu corpo, a resistência perdeu

Ficaste indiferente nessa cama deitada

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Sorriso perdido, sem palavra de ternura

Assim te encontras deitada nesse leito

Teus filhos chorando. Realidade dura

Que faz doer o coração dentro do peito

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Falo para ti baixinho. Não respondes

Beijo a tua testa, teu rosto, um calafrio

Não sei se me ouves ou se te escondes

Atrás das palavras e tristeza do vazio

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Abre os teus lindos olhos, porque assim

Vês o teu filho, diz-me como te chamas

Promete-me que não te afastarás de mim

Nem dos teus filhos que tu tanto amas

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Chegará o dia em que o Céu será a razão

Onde mais uma estrela de luz, terá abrigo

E nesse dia em que as lágrimas correrão

Um fragmento de mim, irá junto contigo

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TRISTEZA

Meu caminhar, pela vida, sentido lento

Ocas ruelas, palavras soltas, intrepidez

São hoje lentas ideias, em que o talento

Se perdeu por entre as fendas da altivez

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Olhei o além, fui sentimento, verdade

Vivi as palavras que sabendo, talvez

Que eram a outra face da intensidade

Em que todo o deslumbre se desfez

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A tristeza é companheira da felicidade

Caminham de mãos dadas, fertilidade

Ocultada, por precaução, sendo talvez

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Como um homem que por amor, aflora

Vive no argumento de que nunca chora

Quando eu já chorei uma ou outra vez

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