Sento-me sobre a frescura do areal
Ouço os murmúrios das ondas, chegando
Em estímulos de uma viagem terminada
Voltam as águas, ternamente ao mar
Parecendo namorados se beijando
Onde o mundo é um pouco de nada.
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Olho o além. Um barco navega indiferente
Envolto pela nebulosidade de cor nenhuma
Pés molhados. Sinto os suspiros dos areais
Perco-me no irreal e num olhar envolvente
Embriago-me na suavidade da alva espuma
Onde os meus delírios são silêncios fatais
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Aprecio a agitação das ondas no seu chegar
Que abafam os esgares do meu pensamento
Acalma-se o meu corpo pelo fresco da maresia
Perguntam as ondas porque chora o meu olhar
Não lhe sei responder, porque se calhar
São a fonte e a ternura da minha fantasia
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