Quando tua língua desfruta da doçura que vês em mim

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Teus lábios ávidos, deixam meus apetites fervilhando

No carinho do toque que teus desejos buscam sem fim

Rocia meu corpo em suores de apetite por ti clamando

Quando tua língua desfruta da doçura que vês em mim

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Teu olhar se perdendo nos trilhos deste corpo somente

Sabor a sal, delírios de mel, na apetência do teu desejo

Ondas de dulçor vindas dos teus lábios, tão docemente

Soltando em mim os sucos do sabor doce do teu beijo

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Viajas pelos desejos que teu querer por meu corpo reluz

Nas vertentes mais belas que em tua mente, raios de luz

Reflecte volúpia, feita dilecção e malícia em esplendor

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O suor do teu corpo que pelo meu escoa sem direcção

Trazendo em gotas o sabor da lascívia do teu coração

Que sobre minha pele deixam "lágrimas" do teu amor

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Sou gente onde não sou ninguém.

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Neste mundo ingrato e misterioso

Onde sou um nada, sendo alguém

Nesse nada tão justo e desditoso

Sou gente onde não sou ninguém

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Ando pelo mundo da ingratidão

Onde a palavra caminha cansada

Sinto palpitar meu triste coração

Sabendo que afinal não sou nada

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Luta de pensamento e tristeza

Entre alguém que não é nada

Sou olhar justo numa certeza

Quando olho a lua iluminada

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Vocábulo de justiça que condena

Incautos sonhos de rei faustoso

Sou de gente, gente tão pequena

Neste mundo ingrato e misterioso

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