Meu amor, se me perguntares se te amo ...

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Meu amor, se me perguntares se te amo

O que diz meu olhar, como me chamo

Em palavras sussurradas, ouvirás

Dos meus lábios fechados, saberás

Como és musa do meu pensamento

Como o meu amor é doce sentimento

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Meu amor, ousa perguntar-me se te desejo

O que sinto por ti, o que te quero dizer

Nesse silêncio, existente no meu olhar

Que te incita os lábios, a me perguntar

Se quero o teu abraço, o teu beijo

Se calhar não te saberei responder

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Talvez ouças a palavra que querias ouvir

Porque meu amor, não te consigo resistir

Sabes que sinto os meus lábios em ardor

Sem palavras ousadas, termos encontrados

Para confessar-te este meu grande amor

Que mostram meus olhos apaixonados

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Sabes como te olho, de ternura, deliciado

Esses teus lábios que queria ter beijado

Quero que ouças os termos que não clamo

Que possas conhecer esta minha paixão

Que só deixará de ser irreversível ilusão

Meu amor, se me perguntares se te amo.

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Abriria os olhos, fecharia o coração, no silêncio de um beijo teu

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Tocam-se nossos lábios, nossos olhos se fecham num segundo

Troca-se o abraço que junta nossos corações, em forte ligação

Fecha-se o tempo. Como se apagassem as luzências do mundo

Acontece a exaltação do sentimento em felicidade do coração

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Fecharia os olhos para sempre se teu doce beijo se prolongasse

Se o teu sussurrar fosse somente palavras de silêncio incontido

Se o exalar do teu ser, voz suave que me mim, se multiplicasse

Em devotos beijos, suaves arestas de nosso caminho percorrido

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Minhas mãos seriam tenor, qual grito, de um amor tão desejado

Num beijo afectivo, num tocar de lábios, abraço forte, apertado

Emoção sentida, escutando tuas juras de amor, para gosto meu

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Fecharia os olhos, se o teu beijo não fosse resignado sentimento

Se não estivesse arreigado no sonho do meu sofrido pensamento

Abriria os olhos, fecharia o coração, no silêncio de um beijo teu

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Não me peças que sinta por ti, finos fios de enleio

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Não me peças sorrisos quando a tristeza me acolhe

Nem beijos de amor quando sinto em mim, cansaço

Nem que corra pelo areal, nem que o mar me molhe

Pede-me sim, que deixe essa tristeza em teu abraço

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Não me peças doce ternura quando sinto queixume

Nem carinhos fingidos, nem promessas elaboradas

Não me faças viajar por labirintos, arestas de lume

Pede-me um beijo, sentindo mossas bocas coladas

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Não me peças que sinta por ti, finos fios de enleio

Nem sentimentos de dor, nem vocábulos de receio

Nem desejes que minha alma se feche, dor pesada

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Não me peças que te olvide, nem teu beijo, esqueça

Pede-me sim, que meu olhar, teu coração, enriqueça

Para que nosso amor, seja mélico, como uma balada

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