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sábado, 30 de setembro de 2017

Sabe o teu coração, o meu amor sentido

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Sabe o teu coração, o meu amor sentido
Que te pertence e jamais se vai embora
Como uma adaga em corte emperdenido
Perfurante punhal que me fere e devora
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Por ti sinto meu coração bater, tão ferido
Pelas promessas que me fizeste, outrora
Gotas de suor dele escorrem, tão dorido
Dores de alma. Pálidas lágrimas, agora
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Iluminado é o sol que à noite se esconde
Trôpegos passos que caminham até onde
Imagino tua luz de amor poder encontrar
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Sinto nesta alma devota, para ti sincera
Que o nosso amor se esfumou, quimera
Como é triste o sonho e o meu caminhar
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Idosa mulher que, calada, olhas em desnorte

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Idosa mulher, que olhas pela janela, cansada
De olhar perdido num terno pôr-do-sol, além
Pele de duras canseiras de outrora, enrugada
Sorriso sereno, desnudo de amor, de alguém
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Idosa mulher, lábios secos, em boca fechada
Vazios seios que um dia aleitaram outra vida
Oca mensagem em palavras enxutas de nada
Cabelo branco pelas agruras de alma vencida
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Idosa mulher, que olha o além, qual infinito
Faces de beleza mostrando seu olhar bonito
Olhar de ternura, parecendo esperar alguém
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Idosa mulher que, calada, olhas em desnorte
Esperas o momento em que a esfriada morte
Não deixe que outro alguém te chame: MÃE
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Uma paixão de fel, não quero, não preciso

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Tantas vezes quando só, me estudo, analiso
Gostos maus, procuro em vão, esquecê-los
Uma paixão de fel, não quero, não preciso
Gestos bons, meu coração, quer recebê-los
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Escuto meu coração, que pesquiso, estudo
Quando sinto espasmos de amor, repetidos
Aguarelas pingam em meu corpo, desnudo
Ferida voz da alma, sarando meus sentidos
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Noite fria que frágil me acolhe, na preguiça
Fecho os olhos e imagino em cálida justiça
Como teus beijos, a alma me enriqueceram
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Olho o céu e vejo como as estrelas brilham
Nos caminhos que a noite obscura, trilham
E que os meus olhos nunca se esqueceram
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sábado, 16 de setembro de 2017

Sinto-me andejar por caminhos sós, a esmo

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Sinto-me andejar por caminhos sós, a esmo
Em que meu amor calcou atalhos tortuosos
Nesse agreste nomadizar, não fui o mesmo
Não sentindo em mim, momentos virtuosos
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Solitários pensamentos, caminhos estranhos
Em que meu coração viajou só, sem destino
Em meu andar, pensamentos tristes, insanos
Lágrimas soltas em sentimentos de desatino
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Até que uma estrela iluminou meu horizonte
E tu vieste fazer parte da minha isolada vida
Água pura brotou, sendo tu, imaculada fonte
Saciando minha garganta da dura sede sentida
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Trouxeste contigo a vasteza de um forte amor
Foste a luminosidade, a almejada e feliz hora
Ao meu coração frio, chegou o teu doce calor
Felizes, unidos, caminhámos juntos, até agora
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domingo, 10 de setembro de 2017

Quando o homem entende o coração da mulher

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Coloco a mão no peito, sinto o coração bater
Nunca entendi a razão dessa aflição que senti
Sinto-me vaguear por entre palavras e saber
Por pensar que essa razão, é por pensar em ti
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Coloco a mão no rosto e sinto a emoção sair
Numa revelação de sedução que não se sente
Acredito que meu coração sabe como sentir
Emoções de carinho que me assalta a mente
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Ninguém manda nas portas do sábio coração
Nem o sentimento que o afagar de nossa mão
O faz parar de caminhar na direcção que quer
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Sabe o pensamento que o amor é mélico aroma
Arte e magia na doçura da prece da sua retoma
Quando o homem entende o coração da mulher
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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Onde me senti provocando um delírio sem lei

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Magoei teu pensamento mesmo não querendo
Do teu amor sequer merecer qualquer perdão
Se te sentes magoada, acredita que o entendo
Mas se te magoei, foi sem qualquer intenção
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Imagino que como o meu, teu coração está só
Cansado e triste, sem absolvição para comigo
Sofre minha alma uma pressão sólida, sem dó
Por querer amar-te, sabendo que não consigo
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Abafado sorriso que divido com a recordação
Do beijo primeiro, que no atrevimento te dei
Momento em que senti o bater desse coração
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Fugaz instante, numa entrega suave, tão viva
Onde me senti provocando um delírio sem lei
Batidas de amargor, quando te vi, tão fugitiva
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