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Soltam-se as ondas que nunca ninguém viu
Num mar que tem a areia como namorada
Que vêm beijar os sonhos de quem resistiu
E que no espírito um sentimento já existiu
Num coração que anseia pela sua chegada
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Amam as ondas um areal de águas vencidas
Quem vêm beijar numa querença sem futuro
Abandonam o areal, envoltas e convencidas
Que voltarão a abraçar-se em futuras vidas
Como se o seu retorno fosse um dado seguro
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Não sabem as ondas que
não vão mais voltar
Que o areeiro não sentirá mais a sua frescura
Se o soubessem, o areal não quereriam beijar
Fazendo com que, por amor, ficasse a chorar
Com saudade dos seus beijos de alva ternura
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" R y k @ r d o "
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