Alegria perdida

 

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Olho a noite, que chega no fim do dia
Vem serena, estrelada, sem nada dizer
Sinto que em mim se dissipa a alegria
Sei que, não é, por não gostar de viver
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Sinto entrar em mim uma dura nostalgia
E nem sei, se a considere, ser amargura
Chagada a noite com o seu luar e magia
Parece-me sempre tão solitária e escura
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Esta dor no peito que em mim persiste
Que me obriga a sentir-me assim triste
Quando gostava de dar louvores à vida
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Chega a bela noite e esta tristeza não sai
Nem com o dormir essa mágoa se esvai
Só porque sei seres, uma alegria perdida

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"" R y k @ r d o ""

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Voltarei à minha terra

( imagem da net )

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Um dia, já velhinho, voltarei aquele lugar
Aquela terra onde o destino me viu nascer
Poder sentir o aroma que me faz recordar
Ensejos de amor, que não quero esquecer
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Caminhar pelo campo, mesmo de bengala
Sei que as minhas pernas me irão permitir
Voltar a ver o lugar que o meu coração fala
Ser único no bem de tudo dar e nada pedir
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Algum dia irei obedecer a esse chamamento
Qual amor que sufoca este meu pensamento
Que pela magia do campo voltarei a passear
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Mesmo que caminhe tropeçando nas flores
Elas sabem que são e sempre foram amores
E me darão o gosto, do seu aroma desfrutar

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Quem, residente fora do seu País, ou mesmo dentro dele, mas em terra/região diferente, nunca sentiu saudades de um dia regressar à terra que o viu nascer e/ou viu crescer?

Para todos um domingo muito feliz, extensivo às vossas famílias

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"" R y k @ r d o ""

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Ilha deserta, pura utopia

 Sinto uma vontade de dizer, confessar

Este sentir que reside em meu coração

Gostava de, sozinho, poder ir habitar

Numa ilha sem telefone nem televisão

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Onde não ouvisse falar de notícia triste

Nem de pessoas que por pequena razão

Pegam numa arma e com essa em riste

Disparos tiros que perfuram o coração

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No silêncio, escutar, somente as águas

Esquecer as minhas tristezas e mágoas

Sorrir quando visse nascer o novo dia

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Mas sei que isso jamais vai acontecer

Que entre tristezas e dores vou morrer

Nesse desejo, que não passa de utopia

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"" R y k @ r d o ""

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Amor suspenso

 

Se te lembrasses de que eu vivo para ti
Que sonho estar enleado em teus braços
Saberias que, do teu amor, nunca desisti
Sendo esse a causa dos meus embaraços
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Quando penso no sabor dos teus beijos
E do sublime aconchego do teu sorriso
Todo o meu corpo arde em finos desejos
Como um sonho iluminado pelo paraíso
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Se quisesses saber, do que sinto e penso
Não estaria o meu amor assim suspenso
Esperando que um dia decidisses aceitar
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Que o amor não se compra nem se vende
Que nenhum coração quer e compreende
E por isso se cansam desse amor esperar

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"" R y k @ r d o ""

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Velhinhos/as, rosto fechado, voz cansada

 

Solidão, rosto fechado, voz cansada

O sossego da sombra, pura fantasia

A árvore, a companheira, a estrada

Silêncios que ditam versos e poesia

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Não entendo a lua quando esvaecida

Ou porque as ondas deixam espuma

Nem a dor de uma noite mal dormida

Servem para acalmar tristeza alguma

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Vive o velhinho silêncios de deceção

Por tanto ter trabalhado e tanto ganhar

Decerto que lhe dói o cansado coração

Por nada ter, e na solidão se encontrar

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Tudo tem um começo, e tudo termina

Banco de jardim, fisionomia fechada

Estrada da vida, que tudo nos ensina

E agora se recorda numa voz cansada

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Não podemos esquecer que:

Quando o amor arde em cálida chama

Chegando quase a entrar em erupção

É uma sublime bênção que se explana

Saindo das auréolas do servo coração

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Que sempre se amem os nossos velhinhos e velhinhas

Um feliz domingo de paz e bem

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"" R y k @ r d o ""

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Sonho ardente na noite escura

 

Afogueei os meus tristes olhos

Não brilho do teu sedutor olhar

Senti como ardia o meu coração

Quando num abraço apertado

O meu corpo vibrou de emoção

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Abrasei no fogo dos teus abraços 

Quentes como a lava de um vulcão

Perdi-me na frescura do teu sorriso

Incendiando-se este meu coração

Na flama rebelde, dos teus braços

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Queimei os meus lábios atrevidos

Ao beijar os teus em chama pura

Lábios que fantasiei serem meus

Que inundaram os meus sentidos

Em sonho ardente na noite escura

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"" R y k @ r d o ""

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Rosa branca com o teu nome

 

Se eu pudesse pelas ondas caminhar

Como um barco navega, suavemente

Então sim, eu saberia, como te amar

De uma forma simples, eternamente

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Se eu pudesse falar de ti ao puro vento

De forma que esse me soubesse ouvir

Então nunca te tirava do pensamento

Serias sempre a minha forma de sorrir

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Se eu pudesse ser, aquilo que não sou

E soubesse mudar este jeito tão meu

Desconhecia o caminho por onde vou

Nem saberia se, alguma vez, seria eu

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Se eu pudesse ser o dono da natureza

Ou se eu fosse, um poeta de renome

Entre as rosas colheria com destreza

A rosa branca porque tem o teu nome

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"" R y k @ r d o ""

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Amar tem a cor da neve

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Amar-te, bem sabes, já não ser novidade
Pois és o meu momento, o meu instante
És o fio que prende os elos da felicidade
Que me cerram duma forma perturbante
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Nem sempre o sorriso é sinal de alegria
Como um olhar não esconde inquietação
Quando o amor é preso pela melancolia
Choram os olhos, sofre o sábio coração
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Se o amor fosse límpido como pura água
Da fonte, que sacia, a sede da inquietude
Sem o mistério que tanto o circunscreve
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O amor não teria lágrimas, dor, ou mágoa
Nem para o coração seria maldoso e rude
Pois amar só é belo se tiver a cor da neve

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Para todas as amigas e amigos deste NOSSO cantinho, um domingo muito feliz.

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"" R y k @ r d o ""

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A dança

 

Rapariga sedutora, convidei-a para dançar
Entrava na sala, mas ainda, estava à porta
Tendo eu um mau jeito, quis-me desculpar
Dizendo-lhe, que era a pista, que era torta
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Dançando coladinhos, pela sala esvoaçando

Pelo meio de vários pares, que se divertiam

À nossa passagem, todos se foram afastando

Olhavam-nos e os seus belos lábios sorriam

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Olhei a rapariga, que mostrava estar corada

E quando no meio da sala, só um par havia

Pareceu-me que a garota estava atrapalhada

Vi logo que era o meu dançar que a seduzia

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Confesso, que fiquei feliz, até algo vaidoso

Nem imaginava como era tão bom a voltear

Sentia nos outros pares um certo ar invejoso

Ciumentos de como nós não saberem dançar

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Após algum tempo, fui por alguém, alertado

Sentindo no corpo um suave e fino friozinho

É que há muito que a música se tinha calado

Enquanto eu, alegremente, dançava sozinho

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"" R y k @ r d o ""

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Ouvindo os meus silêncios

 

Sou feliz, em meus silêncios ouvir
Em seus ais perceber a mensagem
Recordar – me, no seu douto sentir
Que a vida, é uma mera passagem
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Nos silêncios, ouço o pensamento
Sussurrar-me para o que proclamo
Alertar para em nenhum momento
Me esquecer, de quem, tanto amo
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Sendo o silêncio, um sublime viajar
Murmura-me em voz calma, sentida
Dizendo-me, que o simples acordar
É somente, a maior bênção da vida
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Compõe o sorriso pureza e verdade
Que denuncia a ternura, sem mentir
Sinto no coração, enorme felicidade
Por, os meus sábios silêncios, ouvir

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"" R y k @ r d o ""

A elegância da Rosa

 

Sendo as suas pétalas finas fontes
Que regam o seu perfume de flor
Não tem a sua luzência horizontes
Nem em seu jardim acaba o amor
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A linda rosa que tem no seu estar
E no seu balançar tão encantador
A forma de quem passa a admirar
E sorrir perante tão formosa flor
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São as suas pétalas doce harmonia
De uma beleza suave e  cativante
Oferecem cor, e perfumam o dia
E doam à noite, odor fascinante
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Não sendo por um acaso qualquer
Mas somente pela sua delicadeza
Que a Rosa sendo nome de mulher
Ao mundo oferece aroma e beleza

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Saudações fraternas ... tenha um dia com Saúde, Paz e Amor

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"" R y k @ r d o ""

Sonhos e agruras da noite escura

 

Noto que a noite chega tão suavemente
Trocando a luz do dia, pela sua textura
E os meus olhos se fecham lentamente
E na minha mente acontece a amargura
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Nada nem ninguém a consegue ajustar
E dela despir, tão forte e douta negrura
Nem a claridade que nos oferece o luar
Tira da mente, essa sensação de agrura
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Não entendo porque chega a noite triste
Se beleza igual à sua, de dia, não existe
Oferecendo descanso a uma vida vivida
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Não será por ter cobiça da luzência do dia
Pois a noite tendo as estrelas e sua magia
É a mais linda emoção da aurora perdida

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"" R y k @ r d o ""

Que a dor e a tristeza nunca vençam

 

Onde anda aquela garota tão elegante
Que eu via na minha rua, diariamente
Sempre tão radiosa, hoje tão distante
Saudades daquele olhar tão sorridente
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Onde anda aquela mulher de voz nua
De saia curta, andar travesso, tão feliz
Que era a luz que aclarava aquela rua
E os seus olhos eram luminosos rubis
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Onde anda aquela mulher tão aguerrida
Por quem eu um dia tanto me apaixonei
Que hoje se esconde pesarosa e vencida
E se fechou numa concha vazia sem lei
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Onde anda aquela mulher amiga de ser
Que se deixou derrotar pela vil revolta
De uma vida dura mas tão bela de viver
Quero ver essa elegante garota de volta

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"" R y k @ r d o ""

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Partiu o Outubro. Deixou chuva

 

Choveu. Talvez demasiado
Destruiu searas e mau grado
Muitas casas danos sofreram
Caíram árvores sobre viaturas
A muita gente deixou torturas
E muitos danos aconteceram
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A chuva caiu de forma intensa
Em quantidade forte e imensa
Que a muitos causou tristeza
Mas a verdade tem de se dizer
Fazia muita falta assim chover
Para a vida ser uma certeza
.
As barragens estavam vazias
E nem em muitas noites e dias
As suas Cotas reais irão subir
Estavam no baixo, no aflito
Até parecia ouvir-se o seu grito
E o seu desespero sentir.
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O verão de Outubro, já partiu
A chuva que deixou e se sentiu
Pode dizer-se, por ser verdade
Que desculpando a sua ameaça
E por em alguém causar desgraça
O certo, é que deixou felicidade

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"" R y k @ r d o ""

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