Máscaras e álcool gel

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Conheceram-se no Carnaval

A Riquita e o Joel

Usavam máscaras no Arraial

Não usavam álcool gel

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Ela de olhar sorridente

Ele chamando-a: Meu mel

Não mostrava sorriso nem o dente

Nem cheirava a álcool gel

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Tímida, ela baixava o olhar

Ele imaginando como ela sorria

Ela sem ver o dente sujo do fumar

Ele da sua boca nada sabia

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Terminado o arraial, um dia

Passaram meses sem se encontrar

Chegou a Pandemia

E outras máscaras para usar

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Quis o destino que se voltassem a ver

Na Praça dos Arcos de Wrangel

Ambos usando máscaras a valer

E as mãos higienizadas de álcool gel

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Nem um beijo, nem um abraço

Nem um aperto de mão

Apenas um olhar de embaraço

E o bater do coração

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Aconteceu a semana passada

Sem máscara, mas que emoção

Ela feia por tão desdentada

Ele dente sujo sem higienização

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Olharam-se sentindo a desilusão

Pareciam ter provado fel

As máscaras caíram no chão

As mãos secaram sem álcool gel

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Acabou o sonho encantado

Para tristeza do coração

O álcool gel ficou de lado

E a máscara caída no chão
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Escrevi este simples poema usando ironia e humor. No entanto, não esquecer que, é um assunto muito sério, com o qual jamais se pode brincar. Atendo assim a simpática solicitação feita nos comentários do meu poema anterior - Luz de Liberdade - da ilustre amiga Fatyly, administradora do lindíssimo blogue ... UMA NOVA CUBATA ... que pode (e deve) visitar... AQUI.

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Agora a sério

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Que o bom senso e a educação

Não permita que em nenhuma ocasião

Exista este acto descuidado

Em que uma máscara fique no chão

A poder provocar infecção

Nem o álcool gel deixe de ser usado

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" R y k @ r d o " 

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