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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Viver sem tempo


Se uma voz rouca soasse em tempo
Quando o tempo por si, escurece
Ninguém diria em destempo
Que tem aquilo que merece
.
Não o diria, porque dizendo
Iria contra as leis da vida
Pois existe a voz do querendo
Que mesmo assim não tem saida
.
Talvez um grito de amor abafado
Por um qualquer contratempo
Seja o grito de um coração cansado
Cansado pelo próprio tempo
.
Tempos existem de sol e vida
Outros, de total incompreensão
Nem sempre a voz mais querida
Sabe falar dentro do coração
.
Talvez as palavras sejam ditongos
De um tempo de principio, meio e fim
E quando os tempos são longos
Não exista tempo para viver assim

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Olhando o Mar em sonho Infinito


É o mar uma paisagem que me leva ao sonho infinito
O namoro das ondas que se enlaçam em fino desvario
Areia arrastada pela maré que sem rumo nem quesito
Embeleza a jornada da embarcação de ondular bravio
.
Rebelião em que o ondear pode ser áspero e sombrio
Sol que nasce e aquece o além de um amor flagelado
Pelas agruras da imensidão que no seu viajar e estio
Se esquece de refrescar sentimentos do sonho gelado
.
Soltam-se as amarras do barco pelas ondas aneladas
Fecham-se os anseios em viços e quimeras cansadas
Caminha-se pelos sentimentos num sonho sem fim
.
Abrem-se sorrisos por o além ser réstia do esplendor
Passos retraídos pela ausência do tão almejado vigor
Dentro da solidão de uma alma enfeitada de jasmim

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

AMOR EM DESATINO

( Imagem da net )
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Amo-te muito, sei que é muito e nesse muito
Está todo o muito de mim
Amo-te tanto, uns dias sorrindo, outros em pranto
Não de lágrimas correndo, nos becos do entretanto
Porque isso é mágoa, é tristeza sem fim
Sei que te amando assim, fortemente
Entoa em meu coração, uma voz inconsciente
Talvez um amor intolerante, exagerado
Romântico, maravilhoso, sem início nem fim
Que soa no pensamento num silêncio magoado
É assim que eu te amo, num amor carente
De uma forma desajeitada, num tudo ou nada
Mas é esse o meu jeito
Sim amo-te muito, neste meu modo de amar
Talvez não o saiba mostrar
Mas sei que este amor que por ti, sinto
Não consigo fingir, não minto
Se te disser que esse amor, faminto
Quase não cabe dentro do meu peito
.

domingo, 5 de agosto de 2018

O teu corpo como fim do caminho



Gostava de ser livre como o pensamento
Visitar vales e montes como o vento
Caminhar pelas várzeas sem olhar para trás
De perceber o imaginário e de ser capaz
De seguir um caminhos de ventura
Levando no coração o teu beijo de ternura
.
Queria brilhar como as estrelas cintilantes
Tirar  do peito as amarguras dilacerantes
Fechar os olhos, ouvir a tua voz amiga
Saborear o gosto da tua doçura contida
Nos alicerces de um delirante carinho
Onde o teu corpo fosse o fim do caminho
.
Queria que fosses a chegada e a partida
Deixar no ar os segredos da voz ouvida
Quando me beijavas, e sussurrando
Me dizias: Meu amor, te estou amando
E bem apertadinha ao meu corpo ardente
Tremias de amor por me amar docemente
 .