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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Meu coração abandonado

O meu coração abandonado
No banco de qualquer jardim
Só por não ter encontrado
Quem por ele goste de mim

Entre promessas e um olhar
Me vi perdido no alvo tempo
Vendo o meu coração vaguear
Em banco de jardim, sem tempo

Sozinho, indiferente a quem passa
Sofrendo chuva, frio, a desgraça
Está o meu coração sofrendo assim

E não existe uma mão caridosa
Com carinho e alma maravilhosa
Se sente neste banco de jardim
.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vento


Sou o vento que ninguém vê

A aragem do sentir o sentimento

O viver cada simples momento

Sem saber bem a razão e porquê


É o adverso do próprio pensamento

A linha, a estrada, o ângulo recto

Verdade em minuto de lamento

A sombra do próprio prospecto


Sou a vontade do simples ensejo

O sorriso da fantasia do desejo

Dado numa imagem permanente


Sou o teu imaginário em pacata vida

Talvez a aragem fria e esquecida

Neste beijo que te envio docemente

Lágrimas

Se penso que caminho entre rodas e esferas

Em que choro, canto, em voz enlouquecida

Recordo-me de outros ventos, outras eras

Como se tivesse vivido outra vida


Os meus lábios roxos de aragens severas

Que mordo em desvario de frio vento

Fazem-me sonhar de outras Primaveras

Em que o amor no coração era alento


E olhando ternamente o além vago

Vejo águas calmas e limpas de um lago

Nos pensamentos de coração assim


Sinto as lágrimas correr a contragosto

Como cálidas estradas em meu rosto

Esvaindo-se os sonhos que há em mim