A Saudade de quem partiu.

 

Noite fria. Olhos semicerrados procuram dormir

Pensamentos revoltos são no peito dor tamanha

Lá fora um barulho que nos estores se faz ouvir

Assim chega o vento gelado vindo da montanha

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No peito uma mágoa que o coração não admite

Que se faz sentir, pela ausência de quem partiu

Noites de insónia, ominosa solidão que persiste

Em magoar a mente de quem sozinho se sentiu

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Muitos anos, muitas vivências, tristezas, alegrias

Educar os filhos, ajudar a criar netos, outros dias

Silêncios que torturam, na noite triste, sem igual

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A idade, a saudade, de quem uma vida partilhou

Demandas, palavras duras que a relação magoou

Mas a morte deixa chaga, como ferida de punhal

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"" R y k @ r d o ""

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