A minha Lista de blogues

sábado, 3 de janeiro de 2009

Quadras que escrevo - VI

Com gestos atáxicos os homens chegavam
Limpando o suor que do seu corpo escorria
Eram gente que a terra trabalhavam
E por entre gotas de água a vida lhes fugia

Era um jagodes o homem que bebia
Indiferente a quem o olhava
Mas no fundo ele sabia
Que era o desdém de quem passava

Com acrimónia chamava a lacaia
Gente importante sem sentido
Que na sua voz sofrida desmaia
Sorriso altaneiro em coração ferido

Zurzidos na pureza e sentimento
Débeis por valores irreais
São seres que sofrem o momento
Que do nada indicam os seus sinais

Se o sonho capitaneia a vida
Deixai a vida acontecer
Para que ela seja aguerrida
E dê sempre gosto de viver

4 comentários:

  1. Num mundo capitalista, os menos favorecidos se tornam invisíveis, infelizmente nem damos conta que nós mesmo os ignoramos.

    Bela águia.

    Feliz 2009.

    Bjs em seu coração

    ResponderEliminar
  2. Desta vez só fui ver o que era jagodes.
    Poética e com valor, descrição do que são vidas e gentes.
    *

    ResponderEliminar
  3. L

    Até que enfim que estou a ficar mais bem visto.

    Tem sido uma árdua luta, lol
    .

    ResponderEliminar
  4. Neide

    A vida é um pouco isso que descreve.

    Infelizmente só existe um dia (Natal) por ano, em que os olhares se encontram.

    Feliz 2009

    Beijos. AL
    .

    ResponderEliminar

Gostou do que leu? Se gostou, deixe um comentário. Se não gostou deixe na mesma ... Leve consigo o meu agradecimento pela sua visita. Obrigado de coração.