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sábado, 3 de janeiro de 2009

Quadras que escrevo - VII

Se a saúde é fruto dos que trabalham
Distraídos andarão os de fé Santa
Que com amor não agasalham
Os pobres com essa manta

Desvio dos teus ombros o lençol
Que é feito de ternura amarrotada
Da frescura que vem depois do sol
Quando depois do sol não vem mais nada

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
Como vultos perdidos na cidade
Onde uma tempestade sobreveio

Começas a vestir-te, lentamente
E é ternura também que vou vestindo
Para enfrentar lá fora aquela gente
Que da nossa ternura anda sorrindo

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
A despimos assim que nos olhamos
É como se dividíssemos os contras e os prós
E o mundo só existisse porque nos amamos

4 comentários:

  1. ...porque nos amamos.
    Que lindo poema amigo
    Passando, deixo-te um abraço com carinho
    Bjs

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  2. que seria do amor se a ternura não estivesse presente
    beijos

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  3. Fiquei emocionada com a beleza deste poema.
    Bjs
    Paula

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