Porta da Liberdade

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Olhei-te nos olhos, sorriste

Fresca como a  chuva que cai

Sobre o aroma que sobra de ti

E se evapora por entre nadas

Ou por entre palavras insertas.

No descontrolo do imaginário

Infiel e estreito desfiladeiro

Por onde vagueia o meu amor

Que nem pelo teu sorriso

Consegue subir a lisa parede

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Viajei através dos ecos do alento

Pelas intempéries da desventura

Queimei os secos ramos do sonho

Agregados pelas noites de insónia

Ocultos entre desejos silenciados

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Delirei ao sabor das odes por ler

Escritas nas ravinas da realidade

Num alarde de vanglória, sorriste

Olhei-te nos olhos … partiste

Sorrindo, abri a porta da liberdade

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NOTA; - Depois do que já passámos, estamos a passar e, por enquanto, vamos continuar a passar, inseridos neste "namoro/casamento", que nunca aceitámos nem aceitaremos, com o maldito covid-19, que nos tem obrigado a ter as portas fechadas, para que não soframos da sua "violência doméstica", quem não deseja abrir a porta da ... liberdade?

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" R y k @ r d o "

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