A minha Lista de blogues

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Gostava que a chuva chegasse em trovoada

...................................
Faz tanto calor. Eu queria que chovesse
Ver as serras verdes, limpas de negrura
Ver pessoas sorrir, embora não esquecesse
Como os incêndios devastam a serra pura
.
Torpes as afeições de baixos compêndios
Que devastam serras, chamas impiedosas
É sofrido lutar contra nefastos incêndios
Sabendo serem de mãos vis e criminosas
.
Gostava que a chuva chegasse em trovoada
Que acalmasse as mágoas de gente cansada
Dando algum sossego ao seu triste coração
.
Que chegue essa água por todos tão desejada
Trazendo amor em tónico de água abençoada
Que "enxugue" as lágrimas doridas de aflição
.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Restas de saudade escorriam pelo seu rosto triste

.....................................

Sentada no areal, suas lágrimas caiam, em prantos
Olhar distante. Mar de tristeza. Ombros descaídos
Seus cabelos serpenteavam soltando seus encantos
Agonia de amor em imagens e desejos desabridos
.
Seu amor viajava no além em oceanos absolutos
Parecia ter-se esquecido de seus choros sentidos
Deixou uns olhos de lágrimas infelizes, enxutos
Não vendo como eram seus soluços consumidos
.
Nostalgia no silêncio do seu coração apaixonado
Lágrimas libertas molhavam seu sorriso cansado
Pingos de amor em alma de mulher desesperada
.
Restas de saudade escorriam pelo seu rosto triste
Na solidão do momento em que nada mais existe
A não ser prantos doces aguados de água salgada
.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sou a intrépida água em que mergulham paixões e a solidão

....................................
Sou a intrépida água em que mergulham paixões e a solidão
Cujo solar inferior se hasteia e me concerne perfeito sorriso
Ondas de carência que abrem chagas em meu doído coração
Tremidas ondas em que se esvai o amor quando dele preciso
.
Qual peixe que percorre águas turvas entre a dor e o cansaço
Nadando em águas profundas, sobe à superfície para respirar
Chorando em saudade a dor separada, do teu saudoso abraço
Quando sinto a agreste e triste efervescência de tanto te amar
.
Ventanias obscuras que isolam o agitado furor da decadência
Que sobram da reciprocidade, qual infiel aroma, do teu beijo
Gélido nocturno murmurar das ondas trazendo tanto desatino
.
Que esbatem nas escarpes em sussurros de tortura e ardência
Fazem ressoar nos calados rochedos, gemidos do meu desejo
Exalando vapores de água molhando meu corpo, meu destino
..............................