A minha Lista de blogues

domingo, 29 de novembro de 2015

Quando idosos olhos choram de saudade

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Vive-se o tempo que escorrega sem se ver
O ontem é passado daquilo que se viveu
Eram sorrisos todo o tempo da vida viver
Nem me recordo se no ontem existiu o eu

Viveste em mim. Foste luz de inspiração
Que deixei apagar no seio do pensamento
Desculpa não te ter guardado no coração
Guardando-te nas folhas do esquecimento

Vive-se esse tempo que passa numa ilusão
Tantos amores, juventude, sentida leveza
Trocam-se ilusões por mágoas no coração
Lembram-se amores na fonte da incerteza

Vive-se a vida que de nós foge sem tempo
Chega a noite, afasta-se a luz da claridade
Não há amanhã, apenas existe o momento
Quando idosos olhos choram de saudade
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domingo, 22 de novembro de 2015

Chega a noite, meu sonho, é a tua imagem

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Chega a noite, meu sonho, é a tua imagem
Despida de preconceito e timidez ausente
Vou contigo, caminhando em livre viagem
Sentindo teus beijos que recebo docemente

Sinto-te vibrar na meia-luz do entardecer
Quando nossos corpos se tocam e amam
Ouço teus ais cheios de carinho e prazer
Quando teus desejos de amor, me chamam

Percorro teu corpo onde é doce a suavidade
Onde minhas mãos se perdem no caminho
E em cada beijo sinto um amor de verdade
Que me dedicas com tanto ardor e carinho
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Desejos carnais são pensamentos esbatidos

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Desejos carnais são pensamentos esbatidos
Da líbido que nos fere a alma e nos embala
Envolve nosso corpo em viciosos sentidos
Nos anseios que por vezes nossa voz, cala

Desejos carnais são sentimentos de ternura
Carinhos que nos envolvem tão docemente
Que na apetência nos transporta à loucura
Na ansiedade que nos deixa triste e carente

Cumplicidade entre duas pessoas em união
Troca  de caricias na excitação que jamais
Esquece que deve existir em cada coração
Amor, doçura, afecto, e até desejos carnais
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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Lágrimas de terror correm pelas vertentes dos sentidos

.. imagem da net ....
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Lágrimas de terror correm pelas vertentes dos sentidos
Gotas que emergem às margens da ilimitada sabedoria
Mostram ao mundo as dores de tantos olhos ofendidos
Pela maldade que mata inocentes em infinita cobardia

Gotas de impotência perante a fraqueza da crueldade
Que surgem do além em sons por divisas tão egoístas
Chorando os tombados que morreram na tenra idade
Por na áurea da vida serem impotentes aos terroristas

Indiferentes às lágrimas de sofrimento, derramadas
Pisam as almas, pelos tiros das suas armas, ceifadas
Vidas por viver que tombaram perante a barbaridade

Sons de morte abafados pelas suplicas da inocência
Todo o mundo derrama pingos cruéis de impotência
Perante a presença de corações repletos de maldade
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A minha humilde homenagem ao terror vivido pelo povo francês
no último dia 13 de Novembro de 2015.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Visita-me. Traz-me o teu sorriso do entardecer

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Visita-me. Traz no coração a áurea do teu olhar
Teu sorriso solto do eco dos teus lentos passos
A ternura de um abraço que me faça despertar
E esquecer-me dos meus persistentes cansaços

Visita-me. Encosta o teu peito à minha solidão
Olvida que o ontem foi melancolia mesquinha
Sente em teu peito como bate este meu coração
Ambos sentimos como vibra tua mão na minha

Visita-me. Traz-me o teu sorriso do entardecer
Quando, sendo tarde, se desnudam embaraços
E sentires que o pôr-do-sol no além vai morrer
Sabes meu amor que te espero em meus braços
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domingo, 1 de novembro de 2015

Velhinha: Mão que limpa a vidraça

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Quedo o silêncio das gotas da chuva lá fora
Ruas vazias de gente. Percebe-se a solidão
Águas de vida purificam almas em demora
Áridas emoções chovem dentro do coração

Silêncio, sossego. Espreita-se pela vidraça
Gotas rebeldes aguam os sentidos, é chuva
Lágrimas caem. Olhos vazios em desgraça
Da velhinha que olha à janela. Alma viúva

Olhar sereno, meigo, o além, espreitando
Esquecida dos sonhos, sorriso murchando
Longa vida, que olhando a chuva se esvai

Limpa o vidro de gotas soltas, chora o olhar
Na solidão da chuva, ouve-se um sussurrar
Silêncios da mão, limpando a chuva que cai