quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FELIZ ANO NOVO DE 2018.


Tocam os sinos da meia-noite
Soltam-se o champanhe em efervescência
Soam os estalidos dos foguetes
Brilham as estrelas no céu
Soltam-se as gargantas
Limpa-se a consciência
Levantam-se os olhares,
Vêem-se os lampejos do foguear
Canta-se a chegada dos 10 segundos
Alegra-se e celebra o Povo 
Os festejos são profundos
Abraços e beijos
São os desejos
A chegada do Ano Novo.
É tempo de renovação
Do amor, de nova paixão
É o acreditar que tudo será diferente
E na alma de tanta gente
Acredita-se que, finalmente
Tudo será paz e união
Definitivamente
 .
Feliz Ano Novo
Abençoado seja 2018
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sábado, 23 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL, REPLETO DE PAZ E AMOR.

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Mesmo que não estivéssemos frente a frente
Nem nosso olhar alguma vez se cruzou
Desejo, faço votos, muito sinceramente
Que este Natal lhe traga aquele presente
Que já alguma vez você sonhou
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Acredite, porque é a pura verdade
E é o meu coração quem o diz
Para que exista infinita felicidade
Este Natal só será uma realidade
Se o seu coração estiver feliz
…………………............................
FELIZ NATAL PARA SI, FAMÍLIA E AMIGOS/AS.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Que seja Natal na tristeza do olhar da criança


Meu olhar atravessa a paisagem em destino sem rumo
Ultrapassa os devaneios, caminha no silêncio do saber
Enfrenta as marés, ondas e navios, sapiência e aprumo
Trevas de tristeza, campos em flor, rimas por escrever
.
Solto o sorriso em águas inseguras, barco que navega
Ondas que esbatem na transparência da útil confiança
Sentidos onde o sol é carência de um desejo que nega
A felicidade  dum feliz sorrir no rosto de uma criança
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Desato o meu sonho na emoção das noites iluminadas
Intuições que me colhem os desatinos do pensamento
Fujo das cordas que o meu sentimento ao cais amarra
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Estrelas que brilham, iluminem as almas encarceradas
Abram o vosso coração. Libertem o sincero sentimento
Ensinem as crianças a cantar a música da feliz cigarra
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Passear contigo pelos caminhos da ventura


De mão dada, queria ir passear contigo
Pelas ruelas e  caminhos da felicidade
Esquecer mágoas, tristezas, a saudade
Nostalgias sofridas  pela vil agrura
Poder dedicar-te poemas de candura
Abrir o coração, sussurrar o que sinto
Mostrar-te como lacrimeja o meu olhar
Como escorre verdade do meu pensar
Queria amar-te, ir  passear contigo
Desbravar  os caminhos da saudade
Mas hesito. Penso que não consigo
A nostalgia não nos deixa caminhar
Pelos carreiros dos sorrisos da ventura
Pelos horizontes do amor e ternura
Onde, contigo, tanto desejava estar.
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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O GRITO DO SILÊNCIO DOS AFLITOS


Olho o além-mar. Ouço os ruídos do silêncio
O deslizar das ondas. Rochas parecem mover-se
Em namoro com a água que ondula tão airosa
Num vai e vem em cadência sigilosa
Não sabendo quando e onde deter-se
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Um barco mareia no silêncio do meu olhar
Navega envolto no nada de coisa alguma
Diluem-se as ondas. Respiro o ar da solidão
Sinto compassada a minha respiração
Ao ouvir os gritos do silêncio da espuma
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Ouço o rebentar do sossego da ondulação
Os desatinos dos silêncios dos meus gritos
O vento acaricia o meu corpo de malícia
E do além traz-me a silenciosa noticia
Que o ciciar das ondas, é o grito dos aflitos
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Tempestade entre Silêncios


Não brilham as estrelas, sopra um frio vento
Chove. Fecham-se as janelas à firme negrura
Vidraças molhadas. Altera-se o pensamento
Surge o triste sorriso através da noite escura
-
Isoladas vozes ouvem-se no silêncio da rua
Abafadas pelo troar dos intrépidos trovões
Chega a tempestade. É a Ana que vem nua
Para amaldiçoar almas e enxutos corações
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Nome de mulher. A Ana que chega molhada
Traz vida, felicidade, quiçá sólida enxurrada
Que a pessoas e campos, oferece simpatias.
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Árvores nascendo. As queimadas agradecem
As sementeiras ressurgem, se engrandecem
Pelas barragens deixarem de estar tão vazias
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sábado, 9 de dezembro de 2017

Escrevo quando a imaginação existe



Escrevo quando a imaginação existe
E sinto que minha alma se completa
Alegre é o momento de não ser triste
Não sei se escrevo por ser poeta
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Sinto em mim palavras tardias
Que me afluem ao pensamento
Durmo de noite, ando nos dias
Sempre ao sabor do leve vento
.
Não sou pobre, não sou rico
Sou remediado no que faço
Não sei se vou se aqui fico
A controlar o meu cansaço
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Sei que escrevo, por enredo
Sobre a gaivota, sobre o mar
Até que um dia fique quedo
Sem forças para continuar
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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Quando o grito da alma morre nos silêncios da saudade


Se o meu amor fosse irreal, como irreal é o pensamento
Olhar-te-ia de frente e com verdade te diria desde logo
Que és para mim a doçura, a felicidade, o fel tormento
Que sinto no meu peito como flechas ardendo em fogo
.
Se não te amasse não sentia em mim esta dor inflamada
Que me trava a concepção e faz vaguear na noite escura
Caminharia pela génese da palavra em trejeitos de nada
E não te ofertava este ateado amor em gestos de ternura
.
Se o amor que sinto na alma fosse como um sonho tido
Decerto que o meu choroso coração já tinha esquecido
E no meu peito apenas haveria sentimento de lealdade
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Nascem as flores em campos sem cultivo, abandonados
Só a nostalgia vegeta por devaneios gélidos, inacabados
Quando o grito da alma morre nos silêncios da saudade
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domingo, 3 de dezembro de 2017

Não és o meu amor por me apetecer




Não és o meu amor por me apetecer
És porque te amo e assim desde logo
Guarda-te meu coração por te querer
És nele a robustez do intrépido fogo
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Quero ter-te porque assim o desejo
Poder possuir-te, contigo caminhar
Trocar por amor um delicado beijo
Roubar-to se não o quiseres trocar
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Quero-te em minha cama de amor
Formosa, como uma pétala de flor
Amar-te como nunca havia amado
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Beijar-te, tocar-te com muito carinho
E na doçura de um molhado beijinho
Deslizar em teu corpo húmido, suado
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sábado, 2 de dezembro de 2017

Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos


A vida é o poder da essência que de repente
Toca no coração baladas lindas de sentidos
Odes de nostalgia, escritos que lentamente
Me fazem recordar dos teus doces sorrisos

Noites de amor. Vagidos de gozo suavizado
Pelo afecto da tua pele destilada na minha
Os teus lábios beijando o meu corpo suado
Eco dos teus beijos em sonância meiguinha
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Palavras meladas, entram em meus ouvidos
Como melodias escritas em folha de malícia
Amor indizível que meu coração atraiçoou
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Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Numa noite sonhada por teu amor em caricia
Nunca vividas apenas por quem nunca amou
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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Subi a serra queimada e, olhando à minha volta ... triste, chorei


Subi a serra queimada
Triste, seca, desolada
Antes fértil, agora abandonada
Caminhei através das cinzas
Árvores nuas, acastanhadas
Cabisbaixo, cheguei ao cume
Torpe destruição feita pelo lume
Sentei-me numa pedra gasta e suja
Olhei o vazio da encosta
No céu uma nuvem negra
Pairando sobre a devastação
Uma ave poisa num pau queimado
Olha para mim, parece admirado 
Outra ave igual esvoaça junto dessa
São testemunhas da solidão
Parecem esperar a Primavera
Desejam fazer ali o seu ninho
Mas onde, em que raminho
Nada vem a ser o que era
Levantei-me, devagarinho
Comecei a descer a encosta
Pedi que as cinzas partissem
Que outras árvores voltassem a nascer
Que novas vidas ali consigam viver
Namorar, procriar, sobreviver
Olhei à minha volta
Na vastidão das cinzas, pensei
Não, não há volta
E dentro da minha revolta
Chorei
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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Meu coração suspira alto, em amor profundo

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Meu coração suspira alto, em amor profundo
Minha alma vagueia em alheação destroçada
Navego por lágrimas molhadas deste mundo
Idealizando que vives em meu olhar de nada
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Amei-te do alto da dor, coroa do sentimento
Caminhei através d'um acreditar desvairado
Foi o amor, frio mundo de deslumbramento
Em que vaguearam meus olhos apaixonados
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Foi a luz do sol testemunha de doces beijos
Trocados por amor, em flagelados desejos
Pensando que nos teus lábios havia paixão
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Foi a luz do luar, vigilante do meu carinho
Quando te confessava meu amor, baixinho
E tu sorrias dos desvarios do meu coração
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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Chega a noite, abro a janela, luar de ternura


Chega a noite, abro a janela, luar de ternura
Ideio o teu sorriso na luz serena das estrelas
Luar é testemunha do meu olhar de procura
Afloram ao meu sentir e não sei entendê-las
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São a luz dos teus lábios em libido perfume
Noite esculpida pela nostalgia do teu fulgor
Brilho do teu corpo me queima como lume
Na amena aragem que me refresca de amor
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Janela aberta, onde debruço o pensamento
Onde o teu reflexo é um negro sentimento
Dentro dos efeitos das estrelas iluminadas
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Chega a noite, abro a janela, doce aragem
Refresca a minha alma pela tua passagem
No utópico das noites de amor, esvaziadas.
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Autor: Eu,

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Chegam em choros de cansaço, ondas trinadas


Alto mar. Ondas que se esbatem pelo caminho
Desejando caminhar até ao descanso no areal
Mascaram o seu desejo em abraços de carinho
Querendo chegar onde ninguém lhes faça mal

Chegam em choros de cansaço, ondas trinadas
Parecem deleitar-se escorrendo em vai e vem
Deixam lágrimas em puras gotas, imaculadas
Oferecem frescura de amor sem olhar a quem
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São as gaivotas, companheiras da longa viagem
São os barcos que nelas navegam em harmonia
São os peixes seus filhos, bênçãos conseguidas
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Aves que voam solfejando poemas de coragem
Agradecem ao mar alto o fim da sua monotonia
Ao verem no areal gotas sarando as suas feridas
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Autor: Eu
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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Comparo o teu sorriso a uma noite de luar


Comparo o teu sorriso  a uma noite de luar
Teus lábios ao fulgor do aroma de uma flor
Teu corpo às ondas de afecto vindas do mar
Que trazem palavras de serenidade e amor
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Equiparo a tua ternura ao sol de Primavera
À fresca aragem que meus sentidos, extasia
Teus beijos têm a harmonia de uma quimera
Fazendo meu devaneio viajar pela fantasia
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Teu corpo exala perfume de um amor fraterno
Abrasa meu pensamento como sol de inverno
Em raios de fervor que meu peito faz aquecer
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Nas noites em que o luar é minha companhia
Penso em ti e toda aquela veemente nostalgia
Me diz que és a principal razão do meu viver
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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Circulam claridades pelo meu imóvel olhar


Passo pela rua, olho para o andar primeiro
Fico parado, esperando ver a luz do teu ser
Nostálgico, porque me entrego por inteiro
E nem o teu lindo sorriso consigo merecer
.
Olho a tua janela, avisto uma ténue alvura
Luz ligada, serena, qual estrela que dança
Imagino teus passos, torneados de postura
Idealizados em meus sonhos de esperança
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Circulam claridades pelo meu imóvel olhar
Fixado na ilusão de ver tuas vestes de amor
Circulando naquela penumbra doce e sadia
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Saltita meu coração por o quarto se iluminar
Surges vestida de luz, qual sombra, feita flor
Sozinho na rua, ao meu olhar, foste fantasia

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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Não me olhes com esses olhos de adoração

...
Não me olhes com esses olhos de adoração
Não me beijes como se beija quem se ama
Não excites a libido do meu pobre coração
Que pelo teu solta ais de veemente chama
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Não me chames de amor em forma delicada
Não desnudes o som dos termos da idolatria
Não sorrias, quando não ofereces mais nada
Fazendo tão triste a luz da noite e sol do dia
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Não deixes que este tormento que me devasta
E que de teu coração tão impiedoso me afasta
E me esmaga o imaginário a todo o momento
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Faça do meu pensamento uma rima de ironia
Que pensando em ti meu amor seja zombaria
Do que já foi um tão transparente sentimento
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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Amar é um sentimento que nasce em flor

...

Amar é um sentimento que nasce em flor
Que se rega com vocábulos de fidelidade
Que é sorriso, tristeza, sentimento e dor
Quando a palavra se disfarça de verdade
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Amor nasce, não se inventa, não se implora
Não se brinca com a estirpe do pensamento
Lágrima é tristeza de um coração que chora
Quando a mentira é vil corte do sentimento
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Coração que ama, desabafa na cor do sorriso
Entrega-se em delírio no limar do improviso
Deambula pelas frias arestas da lúcida ilusão
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Salta sem rede por declives de dor e tristeza
Acredita que em seu redor só existe a beleza
Caindo muitas vezes em fundos de desilusão
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Gostava que a chuva chegasse em trovoada

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Faz tanto calor. Eu queria que chovesse
Ver as serras verdes, limpas de negrura
Ver pessoas sorrir, embora não esquecesse
Como os incêndios devastam a serra pura
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Torpes as afeições de baixos compêndios
Que devastam serras, chamas impiedosas
É sofrido lutar contra nefastos incêndios
Sabendo serem de mãos vis e criminosas
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Gostava que a chuva chegasse em trovoada
Que acalmasse as mágoas de gente cansada
Dando algum sossego ao seu triste coração
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Que chegue essa água por todos tão desejada
Trazendo amor em tónico de água abençoada
Que "enxugue" as lágrimas doridas de aflição
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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Restas de saudade escorriam pelo seu rosto triste

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Sentada no areal, suas lágrimas caiam, em prantos
Olhar distante. Mar de tristeza. Ombros descaídos
Seus cabelos serpenteavam soltando seus encantos
Agonia de amor em imagens e desejos desabridos
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Seu amor viajava no além em oceanos absolutos
Parecia ter-se esquecido de seus choros sentidos
Deixou uns olhos de lágrimas infelizes, enxutos
Não vendo como eram seus soluços consumidos
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Nostalgia no silêncio do seu coração apaixonado
Lágrimas libertas molhavam seu sorriso cansado
Pingos de amor em alma de mulher desesperada
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Restas de saudade escorriam pelo seu rosto triste
Na solidão do momento em que nada mais existe
A não ser prantos doces aguados de água salgada
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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sou a intrépida água em que mergulham paixões e a solidão

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Sou a intrépida água em que mergulham paixões e a solidão
Cujo solar inferior se hasteia e me concerne perfeito sorriso
Ondas de carência que abrem chagas em meu doído coração
Tremidas ondas em que se esvai o amor quando dele preciso
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Qual peixe que percorre águas turvas entre a dor e o cansaço
Nadando em águas profundas, sobe à superfície para respirar
Chorando em saudade a dor separada, do teu saudoso abraço
Quando sinto a agreste e triste efervescência de tanto te amar
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Ventanias obscuras que isolam o agitado furor da decadência
Que sobram da reciprocidade, qual infiel aroma, do teu beijo
Gélido nocturno murmurar das ondas trazendo tanto desatino
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Que esbatem nas escarpes em sussurros de tortura e ardência
Fazem ressoar nos calados rochedos, gemidos do meu desejo
Exalando vapores de água molhando meu corpo, meu destino
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sábado, 30 de setembro de 2017

Sabe o teu coração, o meu amor sentido

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Sabe o teu coração, o meu amor sentido
Que te pertence e jamais se vai embora
Como uma adaga em corte emperdenido
Perfurante punhal que me fere e devora
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Por ti sinto meu coração bater, tão ferido
Pelas promessas que me fizeste, outrora
Gotas de suor dele escorrem, tão dorido
Dores de alma. Pálidas lágrimas, agora
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Iluminado é o sol que à noite se esconde
Trôpegos passos que caminham até onde
Imagino tua luz de amor poder encontrar
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Sinto nesta alma devota, para ti sincera
Que o nosso amor se esfumou, quimera
Como é triste o sonho e o meu caminhar
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Idosa mulher que, calada, olhas em desnorte

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Idosa mulher, que olhas pela janela, cansada
De olhar perdido num terno pôr-do-sol, além
Pele de duras canseiras de outrora, enrugada
Sorriso sereno, desnudo de amor, de alguém
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Idosa mulher, lábios secos, em boca fechada
Vazios seios que um dia aleitaram outra vida
Oca mensagem em palavras enxutas de nada
Cabelo branco pelas agruras de alma vencida
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Idosa mulher, que olha o além, qual infinito
Faces de beleza mostrando seu olhar bonito
Olhar de ternura, parecendo esperar alguém
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Idosa mulher que, calada, olhas em desnorte
Esperas o momento em que a esfriada morte
Não deixe que outro alguém te chame: MÃE
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Uma paixão de fel, não quero, não preciso

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Tantas vezes quando só, me estudo, analiso
Gostos maus, procuro em vão, esquecê-los
Uma paixão de fel, não quero, não preciso
Gestos bons, meu coração, quer recebê-los
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Escuto meu coração, que pesquiso, estudo
Quando sinto espasmos de amor, repetidos
Aguarelas pingam em meu corpo, desnudo
Ferida voz da alma, sarando meus sentidos
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Noite fria que frágil me acolhe, na preguiça
Fecho os olhos e imagino em cálida justiça
Como teus beijos, a alma me enriqueceram
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Olho o céu e vejo como as estrelas brilham
Nos caminhos que a noite obscura, trilham
E que os meus olhos nunca se esqueceram
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