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Quedo o silêncio das gotas da chuva lá fora
Ruas vazias de gente. Percebe-se a solidão
Águas de vida purificam almas em demora
Áridas emoções chovem dentro do coração
Silêncio, sossego. Espreita-se pela vidraça
Gotas rebeldes aguam os sentidos, é chuva
Lágrimas caem. Olhos vazios em desgraça
Da velhinha que olha à janela. Alma viúva
Olhar sereno, meigo, o além, espreitando
Esquecida dos sonhos, sorriso murchando
Longa vida, que olhando a chuva se esvai
Limpa o vidro de gotas soltas, chora o olhar
Na solidão da chuva, ouve-se um sussurrar
Silêncios da mão, limpando a chuva que cai