sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cai a noite sobre o MAR

Cai a noite sobre o Mar
E eu, ali deitado sobre o areal
Olho em redor
O sol desaparece no horizonte
Ouço o piar de uma gaivota
Que “tardia” poisa mais além
Parece olhar-me, admirada
Olhar meigo, assombrada
As águas calmas vão e vêm
Num sussurro lento, tranquilo
Ao fundo um barco, indiferente
Navega, noutra direcção, lentamente
Pareço sentir a calma, docemente
E o bater do coração
Molho as mãos na água salgada
Como se o mar fosse uma fonte
De água fresca, abençoada
Sinto o vento que sopra de mansinho
Que fustiga a minha alma
Parece dizer-me: Olha em frente
Nesta noite calma
Grita ao mundo, faz sentir a tua voz
Mas eis que a gaivota, voo arvora
Pelos ares, piando numa “voz” estridente
No silêncio, como quem “chora”
E na solidão, faz-me sorrir e sonhar
Deito-me sobre a ventura da pacatez
Fecho os olhos e “vejo” uma e outra vez
Que cai a noite sobre o Mar

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