Através das estrelas que na sua clareira
Interrogam quem as olha e não vê nada
Num devaneio de uma luz abençoada
Olha-se a chama que se solta na lareira
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Através da chama que na lareira crepita
No soalheiro da aldeia de gente honrada
Parece gritar que não seja abandonada
Pois arde pelos sentimentos da desdita
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Cantam-se as músicas na dança e quesito
Da felicidade das pessoas que se adoram
Onde as danças são poemas de esperança
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Chamas altas como ninguém tinha visto
Lareira que as gentes da aldeia devoram
Por em cada pessoa existir uma criança