As Grades ... e a Saudade

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Sou prisioneiro das grades sem essência

Dos silêncios áridos, estéreis, desnudos

Ferros sujos que prendem a minha alma

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Das linhas paralelas, pintadas no asfalto

Duma vida presa nas áureas dos passos

Fita métrica na dolência que me acalma

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Sinto-me refém como uma página morta

Esculpida nos limites do sonido do grito

Fria solidão dos barbeitos da melancolia

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Aprisionado do sorriso afecto aos nadas

Nos caprichos desatinadas da decência

Acorrentado pelas amarras da nostalgia
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Em cada olhar existe uma grade de linho

Diálogo afónico pelas promessas caladas

Nos destroços dum silêncio sem verdade

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Névoa que me gela a pele e tolda a visão

Refém dos sonhos caducados na solidão

Mãos que seguram as grades da saudade
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Dos lábios joviais, sem máscaras febris

Livres percorrendo distâncias e lugares

Onde não havia solidão nem embaraço

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Quero soltar este meu silêncio fechado

Trocar doçura, receber um beijo ousado

Amar, sentir, dar livremente um abraço

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NOTA: Sei que o confinamento alargou um pouco, passando a desconfinamento. Isso não quer dizer que se passou da responsabilidade para a irresponsabilidade. Todos juntos venceremos o COVID-19. Só TODOS JUNTOS, se vence uma "GUERRA" e o covid-19 é mesmo um feroz inimigo.

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Que a felicidade fixe residência em seu coração. Bom fim de semana

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" R y k @ r d o "

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